O ser humano é um ser
social. Vivendo em sociedade, necessita
de uma autoridade que imponha limites e organize os direitos e deveres de
todos. Aí se fundamenta a necessidade da política.
A quem se propõe como especialista do bem comum e se disponibiliza para
trabalhar a favor dos outros, eu chamo “político”. O político é pois um
profissional que assume a política como especialidade sua.
O ser político é
para alguns. Mas o ser “politizado”, o saber quais são os seus direitos e
deveres, o ter participação ativa na sociedade, o exigir que seus
representantes sejam trabalhadores, honestos e procurem o bem comum... é dever
de todos. Quem não é politizado é imbecil, é analfabeto, é massa amorfa na
sociedade. Políticos? - Alguns. Politizados? – Todos que se dizem cidadãos.
Quem não é politizado deixa correr as coisas, fuxica aqui e acolá, critica isto
e aquilo... mas, não se compromete. Não vai à luta. Não dá a cara. É como
“Maria que sempre vai com as outras”. Fala, fala... mas não mexe uma palha para
que as coisas mudem. E assim aqueles que foram escolhidos por voto para
representar a coletividade acabam por defender seus interesses próprios e
esquecem o bem da comunidade.
O povo que é politizado não intervém só de quatro
em quatro anos no período eleitoral. Não. Continua a participar ativamente,
observando o que seus representantes fazem, o que apoiam, as iniciativas que
tomam...
O povo politizado exige de seus representantes não só a “representação” oficial que lhe é dada
pelo voto, mas a “representatividade”,
isto é, o ter crédito, o ter honestidade e vergonha na cara, o ter moral, o
convencer o povo que, na verdade, trabalha para o bem de todos e não só pelos
seus interesses. Ter representatividade é muito diferente de ter só
representação. Entre nós, a política não vai boa. Falta representatividade aos
políticos e falta politização, isto é, preparação política ao povo.
Ser
politizado, conhecer seus direitos e deveres é obrigação de toda a pessoa que
preza sua dignidade. Se cala e deixa seus representantes fazerem o que lhes
apetecem ou até se vende por favorzinhos, não se pode queixar. Se não intervém,
é esquecida e quem está no poder acha que pode fazer o que mais lhe agrada.
Esconde o mais que pode, e sabe que ninguém o incomoda. Com o tempo, o bem
comum fica esquecido e a autoridade começa a não servir a coletividade. Apenas
se serva dela. Esquece as necessidades
do povo. Se falta vigilância no emprego ou fiscalização no trabalho, depressa
entra a bagunça e o desleixo. O mesmo acontece na vida política. Quando não há
participação ativa e cobrança da parte da população... entra, com facilidade, a
corrupção.
SER PADRINHO OU
MADRINHA É COISA SÉRIA
É triste que algumas famílias deixem de batizar os
filhos por causa da ausência das pessoas que escolheram para padrinhos. Ficam
eternamente à espera do que nunca acontece.
Primeiro: só serve para padrinho ou
madrinha quem tem mais de 16 anos, já fez a preparação e a Primeira Comunhão, é
Crismado e participa da vida de comunidade. Nem toda a gente está preparada
para ser padrinho ou madrinha. Exige-se fé porque não é mera função social.
Segundo: o Batismo não exige duas
testemunhas, mas só uma. Habituámo-nos a colocar padrinho e madrinha, mas só
uma pessoa basta. Lembremos sempre que os principais responsáveis pela educação
cristã dos batizados são os pais.
Terceiro: Os padrinhos devem ser
pessoas próximas que possam ajudar a formação cristã dos afilhados. Escolher
alguém que não pratica sua religião ou vive lá longe, não tem sentido.
Quarto: se por qualquer motivo
justo, os padrinhos não podem estar presentes, podem preparar-se onde estiverem,
pedir e enviar licença da sua paróquia e mandar delegação para o padre que
batiza os poder representar. Ninguém deve ser culpado pela responsabilidade de
obrigar uma pessoa a estar anos e anos à espera do Batismo.
Quinto: Nunca ninguém deve adiar o
Batismo por falta da presença das pessoas escolhidas para padrinhos. Hoje os
jovens católicos não têm só os padrinhos do Batismo, mas também os da
Consagração, Primeira Comunhão, Comunhão Solene, Profissão de Fé e Crisma.
Sexto: Ser padrinho e madrinha é
muito importante e tem grande responsabilidade. A pessoa convidada para exercer
essa função não o deve aceitar se não está devidamente preparada e capacitada
para dar bom exemplo e ajudar na formação cristã do seu afilhado.
Sétimo: quem aceitou e exerceu a
função de padrinho e madrinha analise bem a responsabilidade, abençoe seu
afilhado e não deixe de intervir com conselhos e bom exemplo na sua formação.
S. PEDRO E S. PAULO, A COMUNHÃO
NA DIVERSIDADE
As
pessoas têm boca e dentes. As casas têm portas e janelas. Nas cidades
fortificadas existem muralhas. As nações constroem fronteiras. E tudo isto
porque é preciso o poder defensivo. Sem ele, não se conhecem limites nem se
defendem as exigências para poder conviver. Sem ele, a força do mal tudo
persegue e destrói.
A Igreja não é proprietária do Reino de Deus. É apenas
servente e como que mordoma para lhe garantir, com perseverança, a fidelidade
no cumprimento da Palavra divina. E tudo é sempre fruto da ação do Espírito. Por
isso, Jesus dá aos Apóstolos e neles à colegialidade participativa da jerarquia
eclesial, o poder de ligar e desligar. A Igreja é para todos, mas não para
tudo.
Os
dois Apóstolos que hoje celebramos: S. Pedro e S. Paulo são fortes colunas do
edifício espiritual da Igreja e elos seguros na transmissão da Tradição Apostólica.
Ambos apaixonados por Jesus, ambos generosos e ardentes missionários até o
ponto de selarem seu testemunho com o martírio. Ambos juntos em Roma. Mas ambos
com temperamentos diferentes e com formação nada igual.
Tiveram até confrontos
fortes na organização das primeiras comunidades e na aceitação das pessoas para
o batismo. Mas viveram a comunhão nessa diversidade, souberam dialogar e se
respeitar mutuamente. No princípio, Paulo para fugir ao confronto ofensivo com
Pedro, não desanimou, não ficou a perseguir Pedro. Saiu pelos longínquos
caminhos do império romano a evangelizar e criar comunidades cristãs nas
principais cidades.
Hoje, na família, na sociedade... quantas vezes será
necessário ultrapassar dificuldades, aceitar a diversidade e ser tolerante sem
atraiçoar a verdade! Os grandes santos (S. Francisco, S. Inácio de Loiola, S.
Domingos...) colaboraram com a autoridade constituída na santificação da Igreja
de Cristo. Não fundaram outras igrejas para satisfazer a seus caprichos. Quem
pensou que era melhor que os outros e fundou outras igrejas atraiçoou o ensino
que nos deram estes dois Apóstolos que hoje celebramos
NOTICIÁRIO DA PARÓQUIA
1)- O terceiro retiro
paroquial das Santas Missões Populares começa na próxima sexta feira, dia 4 de Julho, às
19.00H no CBNET, seguindo depois em caminhada para a Matriz onde decorrerá todo
o retiro.
No sábado as atividades do retiro começam às 7.00H e vão até à tarde, às 18.00H.
No sábado, à noite, a missa paroquial será celebrada
como de costume, às 20.00H.
No domingo não
haverá missa nas capelas. As comunidades devem-se dirigir para a Matriz
onde começará uma caminhada às 06.00H
com as leituras durante o percurso e terminando na praça da Matriz com a
celebração da Eucaristia. Lembramos que todos tragam suas bandeiras.
2)- Pedimos a todas
as pastorais e comunidades que enviem os seus representantes para o retiro. As
Santas Missões Populares devem comprometer a todos. Ou somos missionários ou não somos cristãos autênticos. Não
deve haver comunidade, movimento ou pastoral que não envie seus membros ao
retiro.
3)- Esta semana começa a novena de S. Camilo. No dia da festa que será
no dia 13 de Julho, a procissão será feita de manhã por, à tarde, coincidir com
o último jogo da copa de futebol.
4)- No sábado, dia 19 de Julho vai-se realizar na
Matriz, a partir das 08.00H uma celebração
mariana. Essa celebração consiste em grupos rezarem o terço a Nossa
Senhora, sucessivamente, pelas intenções do Santo Padre, pela santificação das
pessoas consagradas e das famílias, pelas Santas Missões Populares e pelas
intenções da Paróquia. O movimento Apostolado do Terço indicará a hora e fará o
convite aos grupos.
5)- A capela de S.
Expedito já tem o muro circundante feito e estamos a erguer duas salas para
depois se começar a encher as cavas da capela.
6)- O Papa
Francisco continua a surpreender a todos com suas intervenções. Quer que os
bispos estejam atentos aos desempregados e às famílias. Os responsáveis
católicos devem propor à sociedade atual a “centralidade e a beleza” da
família.
Também pediu a todos que não tenham um coração como um bailarino, a ir
de um lugar para outro como uma borboleta. Aconselha a estar firmes no Espírito
e a não temer as vicissitudes do dia a dia. Numa entrevista a um jornalista
português, disse: “as mudanças só têm sentido se obedecem à identidade”.
Não se
pode mudar só por mudar e estar na moda. “A pobreza e a humildade estão no
centro do Evangelho". Estas afirmações fazem até estremecer nossos vasos
sanguíneos e devem suscitar em todos “um ritmo cardíaco pastoral” e uma “tensão
arterial missionária”.
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