O rumo do Município de Chapadinha tem que ser outro. Falta planejamento a curto, médio e longo prazo. Pelo menos, se o há não se conhece. Não se conhece nem se vê sua realização. Nota-se uma distância enorme entre a população e o governo municipal. Vive-se uma solidão que provoca falta de humanismo e esvazia até o ser humano de respeito por si e pelos outros. E há quem se esteja já a aproveitar desse vazio para aparecer, para estar presente por todo o lado, promover festas, dar presentes, fazer favorzinhos... Para apregoar importância e suas pretensões! Certamente até já têm contabilistas para ir somando o que gastam e saber quanto depois devem retirar, com juros, do erário público.
Somos seres em relação e para a relação. Só nos realizaremos em múltiplas relações personalizadas e responsáveis. Relações de vista, de ouvido, de interesse pelo Município, de proximidade. No afastamento, na solidão acontece muita coisa onde, ordinariamente, prevalece o indesejável, o escuso, o desagradável ao público e prazenteiro aos privilegiados e possuidores da autoridade. O interesse pela promoção do desenvolvimento obriga-nos a participar. O serviço público exige esforço de trabalho, competência qualificada, criatividade generosa, transparência nas contas e procura colaboração. Não basta ter dinheiro. É preciso ter empatia, procurar formar grupos de amigos que reforcem, prolonguem e efetivem os trabalhos desejados.
Fomos informados que o PT decidiu (embora uma parcela não se quis comprometer!) juntar-se à governação municipal. Auguramos-lhe os melhores êxitos. Aos que assumiram cargos públicos pedimos que não fiquem parados, que mostrem o que valem. Sobre vocês e sobre o partido está agora uma pesada responsabilidade. Não é tão importante mudar pessoas como mudar o estilo de governar. Uma administração inativa, demasiado centralizadora, desperta, por toda a parte, uma crítica negativista, porque parece haver um curto circuito entre o que se diz e o que se faz. E o mal não vem das Secretarias agora entregues ao PT. Estas podem e devem melhorar em seu espaço de atuação. Mas é preciso reformular de base as Secretarias de Saúde, Obras Públicas...
A Polícia Municipal está sem atuação, sem transporte, muitos elementos sem farda; o trânsito está perigosíssimo, as ambulâncias continuam a apodrecer no pátio do hospital, as clínicas particulares multiplicam-se (sinal do mau serviço público!), a lixeira nos bairros está demais, os caminhos do interior continuam ao “deus dará”, os benefícios públicos eclipsaram-se, a iluminação pública nos bairros é um “apagamento” geral... até os cemitérios estão sem espaço para enterrar mortos... Fala-se à boca cheia que pessoas morrem no hospital por falta de equipamento para os médicos fazerem cirurgias. Será verdade? Ouve-se falar que o Ministério Público está de férias. Pelo menos parece! Nota-se o abandono por toda a parte. Até quando?
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