Demorou.
Mas consegui. Não quis agir pelo que me disseram. Agora tenho em minha posse a
gravação do que Paulo Lima disse na Rádio Cultura sobre minha posição na
prestação de contas. Como sempre, também agora me recuso a calar-me diante dos
covardes gritos dos mercenários da mentira. Não aceito ter olhares curtos para
ignorar o absurdo da farsa e a invenção de salamaleques para que lhe dêem o
necessário para matar a fome.
Você, Paulo Lima, quando vier a público aprenda a
ser educado e a não impingir nojenta invenção por verdade e a não apregoar banha
da cobra como defesa própria. Você dá uma no cravo e outra na ferradura e parece
ter mais inclinação para o teatro que para a informação. Você afirma e nega,
quer criticar e só sabe se atolar,
elogia e condena ao mesmo tempo. Não posso satisfazer as suas maliciosas e
hediondas pretensões.
Quero dizer-lhe e, faço-o com toda a rapidez e sinceridade,
que sou político e sempre o serei. Só os bestas é que não são, nem querem que
os outros sejam. Além de padre, sou cidadão, devo participar e levar os
católicos a participar na política que deve processar-se como uma questão de
justiça, de caridade e de solidariedade. E isto interessa à moral, à religião,
à cidadania... Tudo deveria ser política. mas infelizmente a corrupção, para
quem a pratica ou para quem a defende, é gatunagem. Acredito na seriedade do trabalho, na partilha
da vida, na verdade da informação, na recusa do egoísmo, no fraterno gesto
comunitário de quem procura o bem comum.
Sou cristão, padre e missionário
católico. Não me sei movimentar na propagação do vírus de interesses egoístas
que satisfazem um individualismo grosseiro e despudorado. Por isso reajo e
continuarei a reagir, ainda com mais energia, a discursos berrados, mentirosos,
injuriosos e eivados de insinuações maldosas e apaixonadas.
Corrija o que disse: não fui à Câmara pedir
dinheiro nem falar só nos 74 milhões. Fui porque me convidaram e é meu direito
participar; os cem mil reais da anterior Prefeita não são meus. Nunca foram. Nunca
os pedi. Devem ser restituídos ao Governo. E nunca fui à Prefeitura pedir nada,
a não ser os meus direitos ou os da comunidade católica. Nem irei e, se outros
lá forem, devem prestar contas, como a senhora Prefeita também deve prestar
contas e que convençam.
O conteúdo do seu pronunciamento na Rádio mostrou-se
faccioso, obsoleto, serôdio, fedendo a mofo. Ignorante e pretensioso. Mas duma
ignorância saliente e incicatrizável!... E exposto de uma maneira atrevida,
discriminatória e mal educada. Isto, tudo junto, faz, desse pronunciamento, um
enxerido intragável. Você, Paulo Lima, parece que pertence a uma igreja
protestante. Pode saber o que seu pastor deve ou não deve fazer. Agora vir
aconselhar-me, em matéria pastoral ou incriminar-me... nego-lhe o direito a essa
pretensão. Se sua igreja manda calar, a minha manda-me falar, ir à rua, fazer
barulho, gritar pelo bem do povo.
Não costumo fazer o que entendo, mas o que
devo. Se incomodo você, o problema é seu. Eu, como padre, sou aconselhado a não
me meter em política partidária. Não devo ingressar em nenhum partido. Mas
política social, procura do bem comum, levar o povo à defesa de seus direitos...
por missão, obrigação e exigência de meu dever, sou obrigado a entrar, pacificamente,
nessa luta, a me interessar, a defender e levar o povo a fazê-lo.
Estou em Chapadinha
há 35 anos. Não cheguei ontem. E tenho colegas e superiores para me advertir,
se errar. Lamento sua atrevida ingerência e a tenho como muito provocatória e discriminatória
da minha qualidade de pessoa e cidadão brasileiro que me honro ser. É meu dever
fazer tudo isto e até exigir do Ministério Público, dos nossos senhores
Promotores de Chapadinha que venham averiguar este problema que se tornou
público: não há correspondência entre o montante gasto nestes oito meses e o
que se vê realizado. Se está escondido, tragam-no a público.
Admiro-me que ainda o não tenham feito! Notou-se na audiência pública, na Câmara, que a Prefeitura não informa, mensalmente, o público nem a Câmara, o que é contra a lei. Isso é que você, Paulo Lima, deve dizer. Satisfaça aí seu desejo de réplica, sua ânsia de reparos, sua venda interesseira de interesses próprios.
Admiro-me que ainda o não tenham feito! Notou-se na audiência pública, na Câmara, que a Prefeitura não informa, mensalmente, o público nem a Câmara, o que é contra a lei. Isso é que você, Paulo Lima, deve dizer. Satisfaça aí seu desejo de réplica, sua ânsia de reparos, sua venda interesseira de interesses próprios.
Se
achar interessante, publique também quanto a Prefeita anterior deixou de dívida,
e porquê e para quanto aumentou antecipadamente o salário da prefeita. Essa decisão também me parece uma
barbaridade! Isso também o povo deve saber!
Finalmente,
esse tipo de intervenção não se pode fazer numa rádio comunitária e, ainda
pior, se ela não tem gravador para se pedir direito de resposta. Informaram-me
também que você recebe salário municipal para fazer esse tipo de intervenção
defensiva. Mas a lei da informação manda falar a verdade e não gastar tempo de
antena a tentar enganar o povo. Isso é que se não deve fazer. Não se arme em
messias improvisado nem queira ser vampiro de circunstância.
Não propague o
vírus do interesse individual, nem se coloque contra os direitos do povo. Temos
direitos e queremos ser informados de como se gasta o dinheiro público. É nosso
direito. Do padre, do bispo, do povo, da criança e do adulto. De todos. Não é
privilégio concedido. E você não tente enganar o povo, porque isso é crime. Se
quiser continuar, lhe agradeço, porque me dará oportunidade de informar outras
coisas que andam um pouco esquecidas.
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