Autor:
Fernando Nascimento
Introdução
O artigo que segue, revela em
rica bibliografia,
os números de mortos, e requintes de crueldade dos incomparáveis tribunais eclesiásticos protestantes. E deixará claro que as levianas acusações protestantes contra a Igreja Católica sorratei- ramente mudaram o significado da palavra “inquisição”, que quer dizer ape- nas: “sindicância”, “investigação”, em sinônimo de “matança de pessoas”. Ainda hoje, esse erro circula no meio protestante.
Tal quimera caiu por terra,
quando o reno-
mado historiador Agostino Borromeo, após demorado estudo sobre a inquisição, concluiu que não chegaram a cem, o nú- mero de mortes, cometidas por cató- licos que em desobediência ao Papa, empregaram pena de morte contra os inquiridos.
Antes, abramos um parêntese,
para de fato
mostrarmos conforme os historiadores, que muita calúnia se lançou contra a Igreja Católica, no que concerne a falsa acusação de matança de “centenas”, “milhares” e até “milhões” de pessoas. Pura lenda, que na verdade não passava de mentira estraté- gica protestante, fomentada por anticatólicos como: Russel Hope Robbins, o apostata Doelling, Jules Baissac, Jean Français e Reinach.
O
próprio Rui Barbosa quando principiante
inexperiente, traduziu “O Papa e o Concílio” uma obra de um deles, do Doelling, e se arre- pendeu mais tarde, proibindo no prefácio a publicação da mesma, pelas calúnias apai- xonadas. Dizia mais tarde Rui Barbosa, quando maduro e experiente: “Estudei todas as religiões do mundo e cheguei a se- guinte conclusão: religião ou a Católica ou nenhuma.” (Livro Oriente, Carlos Mariano de M. Santos (1998-2004) artigo 5º).
Publicou
a Agência européia de notícias
Zenit: [CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 16 de junho de 2004 (ZENIT.org).- [Atualmente, os pesquisadores têm os elementos necessários para fazer uma história da Inquisição sem cair em preconceitos negativos ou na apologética propagandista, afirma o coordenador do livro «Atas do Simpósio Internacional “A Inquisição”».
No
volume, Agostino Borromeo, histori-
ador, recolhe as palestras do congresso que reuniu ao final de outubro de 1998, no Vaticano, historiadores universalmente reconhecidos especializados nestes tribunais eclesiásticos.
«Hoje
em dia --afirmou essa terça-feira, em
uma coletiva de imprensa de apresentação do livro, o professor da Universidade «La Sapienza» de Roma-- os historiadores já não utilizam o tema da Inquisição como instrumento para defender ou atacar a Igreja».
Diferentemente
do que antes sucedia,
acrescentou o presidente do Instituto Itali- ano de Estudos Ibéricos, «o debate se en- caminhou para o ambiente histórico, com estatísticas sérias».
O
especialista constatou que, à «lenda negra»
criada contra a Inquisição em países pro- testantes, opôs uma apologética católica propa- gandista que, em nenhum dos casos, ajudava a conseguir uma visão objetiva.
Isto se
deve, entre outras coisas --indicou--,
ao «grande passo adiante» dado pela abertura dos arquivos secretos da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício), orde- nada por João Paulo II em 1998, onde se encon- tra uma base documental amplíssima.
Borromeu
ilustrou alguns dos dados possib-
ilitados pelas «Atas do Simpósio Inter- nacional “A Inquisição”».
Revela
o historiador sobre os processos
e condenação referentes ao tribunal católico: “dos 125.000 processos de sua história, a Inquisição espanhola condenou à morte 59 «bruxas». Na Itália, acrescentou, foram 36 e em Portugal 4. Se somarmos estes da- dos --comentou o historiador-- não se chega nem sequer a cem casos...”
A
Inquisição na Espanha, afirmou o
historiador, em referência ao tribunal mais conhecido, celebrou entre 1540 e 1700, 44.674 julgamentos. Os acusados condenados à morte foram 1,8% e, destes, 1,7% foi condenado em «contu- mácia», ou seja, pessoas de paradeiro des- conhecido ou que em seu lugar se queimavam ou enforcavam bonecos].(1) Até aqui a notícia de ZENIT.org.
Outro historiador, o
protestante, Henry
Charles Léa, cita 47 bulas, nas quais a Santa Sé continuamente insiste na juris- prudência que deve se observar nos tribunais eclesiásticos católicos. Alertam para não cair na violência e injustiças freqüentes dos juizes leigos. Basta folhear a monu- mental obra do próprio Léa, para conven- cer-se que na realidade as bruxas foram perseguidas e condenadas mais pelos deten- tores do poder civil e pelos protestantes do que pelo tribunal católico. (2)
Também
o historiador Daniel Roups, é categó-
rico nos seus registros: ”Foram numerosos os cânones dos concílios que, excomungando os hereges e proibindo os cristãos de lhes darem asilo, não admitiam que se utili- zassem contra eles a pena de morte. Deviam bastar as penas espirituais ou, quando muito, as penas temporais moderadas”. (3)
João
Paulo II enviou uma mensagem
com motivo da apresentação das «Atas» do Simpósio Internacional sobre a Inqu- sição, na qual sublinha a necessidade de que a Igreja peça perdão pelos pecados cometidos por seus filhos através da história. Ao mesmo tempo, declarava, «antes de pedir perdão é necessário conhecer exatamente os fatos e reconhe- cer as carências ante as exigências c ristãs».(Zenit).
Pelos filhos da Igreja
Católica, que
em desobediência cometeram alguns crimes, o Papa João Paulo II pediu perdão. Mas, quando o protestantismo cessará de deturpar, omitir e caluniar, reconhecendo finalmente os extermínios que cometeu e atribui maldosamente aos católicos? Fecha parêntese.
VEJAMOS
ENTÃO, A VERDADE
DOCUMENTAL, E A CRUELDADE SEM PRE- CEDENTES DOS TRIBUNAIS PROTESTANTES.
A quantidade de registros
literários
dos próprios protestantes é vasta, porém, estranhamente ocultada pelos livros escolares, pela imprensa e mídia em geral. Muitas vezes vemos o que é omitido pelo lado protestante sendo por esses veículos, atribuídos maldosamente à Igreja Católica.
- O
próprio Lutero nos legou o relato
dessa prática, anos antes de lançar-se em revolta aberta, dizia: “(…) os here- ges não são bem acolhidos se não pintam a Igreja como má, falsa e mentirosa. Só eles querem passar por bons: a Igreja há de figurar como ruim em tudo.” (Franca, Leonel, S.J. A Igreja, a reforma e a civili- zação, Ed. Agir, 1952, 6ª ed. Pág. 200).
Uma vez
no protestantismo, já ensi-
nava Lutero aos protestantes: “Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da igreja (luterana).” (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).
Logo a mentira, a omissão e o
falso
testemunho se tornaram as colunas das doutrinas dos pseudos “reformadores” protestantes.
A
crueldade foi especialmente severa
na Alemanha protestante. As posições de Lutero, contra os anabatistas, causaram a morte de pelo menos 30.000 campone- ses (4). Foram as palavras de Lutero: “Eu, Martinho Lutero, exterminei os campone- ses revoltados, ordenei-lhes os suplícios, que o seu sangue recaia sobre mim, mas o faço subir até Deus, pois foi ele quem me mandou falar e agir como agi e falei”. Cente- nas de rebeldes, segundo Goethe, foram torturados, empalados, esquarteja- dos e queimados vivos. A Alemanha, disse o autor de Hermann e Dorothéia, “pare- cia um açougue onde a carne humana tinha preço vil”.
Calvino, pai dos
presbiterianos, man-
dou queimar o espanhol Miguel Servet Grizar, médico descobridor da circula- ção sanguínea. Acusado de heresia, Servet foi preso e julgado em Lyon, na França. Conseguiu evadir-se da prisão e quando se dirigia para a Itália, através da Suíça, foi novamente preso em Genebra, julgado e condenado a morrer na fogueira, por decisão de um tribunal eclesiástico sob dire- ção do próprio Calvino. A sentença foi cumprida em Champel, nas proximidades de Genebra, no dia 27 de outubro de 1553. Puseram-lhe na cabeça uma coroa de juncos impregnada de enxofre e foi queimado vivo em fogo lento com requintes de sadismo e crueldade. (5)
O
luterano Benedict Carpzov, foi legista bri-
lhante e figura esclarecida, até hoje ocupando lugar destacado na história do Direito Penal. Mas perdia a compostura contra a bruxaria, que considerava merecedora de torturas três vezes intensificadas com respe- ito a outros crimes, e cinco vezes punível com pena de morte. Protestante fanático, afirmava, quando velho, ter lido a Bíblia inteira 53 vezes. Assinou sentença de morte contra 20.000 bruxas, apoiando-se prin- cipalmente na “Lei” do Antigo Testamento. Não compreendendo o verda- deiro significado da Bíblia, considerava o Pen- tateuco como lei promulgada pelo próprio Deus, Supremo Legislador. Carpzov, para conde- nar a morte, usava (Lv 19,31; 20,6.27; Dt 12,1-5), citava de preferência o Êxodo (22,18);“Não deixarás viver a feiticeira”. (6)
Outro famoso perseguidor de
bruxas na
Alemanha, foi Nicholas Romy, consider- ado grande especialista e que escreveu um longo tratado sobre bruxaria, teve sobre sua consciência a morte de 900 pessoas. (7)
Já Froehligh, reitor da
Universidade de
Innsbruck e catedrático de Direito, que chegou a ser chanceler da Alta Áustria, insistia em que não só as supostas bruxas fossem condenadas, senão também seus filhos! E não se precisava muito para ser considerada bruxa, pois o seria qualquer pessoa que não tivesse um olhar franco.(8)
Naquele
ambiente de superstição, crueldade
e pânico perante as bruxas, foi possível o apare- cimento de um Franz Buirmann, pervertido magistrado protestante e degenerado inimigo da bruxaria. Era um juiz itinerante. Referindo-se a ele dizia seu contemporâneo Hermann Loher: “Preferiria mil vezes ser julgado por animais selvagens, cair numa fossa cheia de leões, de lobos e ursos, do que cair em suas mãos”.
Deste impiedoso juiz se afirma que somen-
te em duas incursões que realizou por peque- ninas aldeias ao redor de Bonn, que perfaziam um total de 300 pessoas contando-se crian- ças e velhos, queimou vivas nada menos que 150 pessoas! Consta que ao menos em duas oportunidades (da viúva Boffgen e do Alcaide de Rheinbach), o juiz se apoderou de todos os bens dos condenados à fogueira (o Alcaide de Rheinbach era seu inimigo político. . .).(9)
Em
Bamberga, sob a administração de
um bispo protestante, queimou-se 600 pessoas. Na Genebra protestante, foram queimadas 500 pessoas por Calvino (10)
Se os protestantes do passado
nenhum valor
davam a essas muitíssimas vidas ceifadas no fogo, muito menos valor dão os protestantes de hoje, que por ignorância, orgulho ou omissão, se escusam de um simples pedido de perdão, para não ter que admitir as iniqüi- dades que falaciosamente atribuem aos outros.
A técnica, é a mesma do gatuno
que bate
uma carteira e grita: “pega ladrão!!!” Basea- dos no grito do gatuno, as mal informa- das e ou mal intencionadas editoras de livros didáticos, a imprensa e a mídia, fazem o resto do trabalho sujo. Tudo contribui para a perd- ção do que não busca conhecer a verdade.
Dizia Marcus Moreira Lassance
Pimenta:
“Ao ignorante, basta uma mentira bem conta- da para que a tenha como verdade. E ao sábio, não há mentira que o impeça de buscar a verdade”. |
quarta-feira, 14 de maio de 2014
PARÓQUIA DE CHAPADINHA - A INQUISIÇÃO PROTESTANTE
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário