quarta-feira, 14 de maio de 2014

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - A INQUISIÇÃO PROTESTANTE


Autor: Fernando Nascimento
Introdução
O artigo que segue, revela em rica bibliografia,
os números de mortos, e requintes de 
crueldade dos incomparáveis tribunais 
eclesiásticos protestantes. E deixará claro 
que as levianas acusações protestantes
 contra a Igreja Católica sorratei-
ramente mudaram o significado da
 palavra “inquisição”, que quer dizer ape-
nas: “sindicância”, “investigação”, 
em sinônimo de “matança de pessoas”.
 Ainda hoje, esse erro circula no meio 
protestante.

Tal quimera caiu por terra, quando o reno-
mado historiador Agostino Borromeo, 
após demorado estudo sobre a inquisição,
concluiu que não chegaram a cem, o nú-
mero de mortes, cometidas por cató-
licos que em desobediência ao Papa, 
empregaram pena de morte contra os
 inquiridos.

Antes, abramos um parêntese, para de fato 
mostrarmos conforme os historiadores, que 
muita calúnia se lançou contra a Igreja 
Católica, no que concerne a falsa acusação 
de matança de “centenas”, “milhares” e 
até “milhões” de pessoas. Pura lenda, que
 na verdade não passava de mentira estraté-
gica protestante, fomentada por anticatólicos 
como: Russel Hope Robbins, o apostata 

Doelling, Jules Baissac, Jean Français e Reinach.

O próprio Rui Barbosa quando principiante 
inexperiente, traduziu “O Papa e o Concílio” 
uma obra de um deles, do Doelling, e se arre-
pendeu mais tarde, proibindo no prefácio a 
publicação da mesma, pelas calúnias apai-
xonadas. Dizia mais tarde Rui Barbosa, 
quando maduro e experiente: “Estudei todas
 as religiões do mundo e cheguei a se-
guinte conclusão: religião ou a Católica ou 
nenhuma.” (Livro Oriente, Carlos Mariano
 de M. Santos (1998-2004) artigo 5º).

Publicou a Agência européia de notícias
 Zenit: [CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 
16 de junho de 2004 (ZENIT.org).- 
[Atualmente, os pesquisadores têm
 os elementos necessários para fazer 
uma história da Inquisição sem cair 
em preconceitos negativos ou na apologética 
 propagandista, afirma o coordenador 
do livro «Atas do Simpósio Internacional 
 “A Inquisição”».

No volume, Agostino Borromeo, histori-
ador, recolhe as palestras do congresso 
que reuniu ao final de outubro de 1998,
 no Vaticano, historiadores universalmente
 reconhecidos especializados nestes tribunais 
eclesiásticos.
«Hoje em dia --afirmou essa terça-feira, em 
uma coletiva de imprensa de apresentação 
do livro, o professor da Universidade 
«La Sapienza» de Roma-- os historiadores
 já não utilizam o tema da Inquisição como 
instrumento para defender ou atacar a Igreja».

Diferentemente do que antes sucedia, 
acrescentou o presidente do Instituto Itali-
ano de Estudos Ibéricos, «o debate se en-
caminhou para o ambiente histórico, 
com estatísticas sérias».

O especialista constatou que, à «lenda negra»
 criada contra a Inquisição em países pro-
testantes, opôs uma apologética católica propa-
gandista que, em nenhum dos casos, ajudava
a conseguir uma visão objetiva.

Isto se deve, entre outras coisas --indicou--,
 ao «grande passo adiante» dado pela abertura 
dos arquivos secretos da Congregação para 
a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício), orde-
nada por João Paulo II em 1998, onde se encon-
tra uma base documental amplíssima.

Borromeu ilustrou alguns dos dados possib-
ilitados pelas «Atas do Simpósio Inter-
nacional “A Inquisição”».
Revela o historiador sobre os processos 
e condenação referentes ao tribunal católico:
 “dos 125.000 processos de sua história,
 a Inquisição espanhola condenou à morte 
59 «bruxas». Na Itália, acrescentou, foram 
36 e em Portugal 4. Se somarmos estes da-
dos --comentou o historiador-- não se chega
 nem sequer a cem casos...”

A Inquisição na Espanha, afirmou o 
historiador, em referência ao tribunal 
mais conhecido, celebrou entre 1540 
e 1700, 44.674 julgamentos. Os acusados 
 condenados à morte foram 1,8% e, 
destes, 1,7% foi condenado em «contu-
mácia», ou seja, pessoas de paradeiro des-
conhecido ou que em seu lugar se 
queimavam ou enforcavam bonecos].(1) Até 
aqui a notícia de ZENIT.org.

Outro historiador, o protestante, Henry 
Charles Léa, cita 47 bulas, nas quais 
a Santa Sé continuamente insiste na juris-
prudência que deve se observar nos tribunais
 eclesiásticos católicos. Alertam para não 
cair na violência e injustiças freqüentes 
 dos juizes leigos. Basta folhear a monu-
mental obra do próprio Léa, para conven-
cer-se que na realidade as bruxas foram
 perseguidas e condenadas mais pelos deten-
tores do poder civil e pelos protestantes
 do que pelo tribunal católico. (2)
Também o historiador Daniel Roups, é categó-
rico nos seus registros: ”Foram numerosos 
os cânones dos concílios que, excomungando 
os hereges e proibindo os cristãos de lhes 
darem asilo, não admitiam que se utili-
zassem contra eles a pena de morte. Deviam
 bastar as penas espirituais ou, quando 
muito, as penas temporais moderadas”. (3)

João Paulo II enviou uma mensagem 
com motivo da apresentação das «Atas»
 do Simpósio Internacional sobre a Inqu-
sição, na qual sublinha a necessidade de
 que a Igreja peça perdão pelos pecados
 cometidos por seus filhos através da 
 história. Ao mesmo tempo, declarava,
 «antes de pedir perdão é necessário 
conhecer exatamente os fatos e reconhe-
cer as carências ante as exigências c
ristãs».(Zenit).
Pelos filhos da Igreja Católica, que 
em desobediência cometeram alguns crimes,
 o Papa João Paulo II pediu perdão.
 Mas, quando o protestantismo cessará de 
deturpar, omitir e caluniar, reconhecendo
 finalmente os extermínios que 
cometeu e atribui maldosamente aos 
católicos? Fecha parêntese.

VEJAMOS ENTÃO, A VERDADE 
DOCUMENTAL, E A CRUELDADE SEM PRE-
CEDENTES DOS TRIBUNAIS PROTESTANTES.
A quantidade de registros literários 
dos próprios protestantes é vasta, porém, 
estranhamente ocultada pelos livros 
escolares, pela imprensa e mídia em geral.
 Muitas vezes vemos o que é omitido 
pelo lado protestante sendo por esses 
veículos, atribuídos maldosamente à Igreja
 Católica.
- O próprio Lutero nos legou o relato 
dessa prática, anos antes de lançar-se 
em revolta aberta, dizia: “(…) os here-
ges não são bem acolhidos se não pintam 
a Igreja como má, falsa e mentirosa. Só 
eles querem passar por bons: a Igreja 
há de figurar como ruim em tudo.” (Franca,
 Leonel, S.J. A Igreja, a reforma e a civili-
zação, Ed. Agir, 1952, 6ª ed. Pág. 200).

Uma vez no protestantismo, já ensi-
nava Lutero aos protestantes: “Que mal 
 pode causar se um homem diz uma boa
 e grossa mentira por uma causa meritória 
 e para o bem da igreja (luterana).” (Grisar, 
 Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work,
The Newman Press, 1960- pág 522).
Logo a mentira, a omissão e o falso 
testemunho se tornaram as colunas 
das doutrinas dos pseudos “reformadores”
 protestantes.

A crueldade foi especialmente severa
 na Alemanha protestante. As posições de
 Lutero, contra os anabatistas, causaram
 a morte de pelo menos 30.000 campone-
ses (4). Foram as palavras de Lutero: “Eu,
Martinho Lutero, exterminei os campone-
ses revoltados, ordenei-lhes os suplícios, 
que o seu sangue recaia sobre mim, mas
 o faço subir até Deus, pois foi ele quem me 
 mandou falar e agir como agi e falei”. Cente-
nas de rebeldes, segundo Goethe, 
foram torturados, empalados, esquarteja-
dos e queimados vivos. A Alemanha, 
disse o autor de Hermann e Dorothéia“pare-
cia um açougue onde a carne humana tinha 
preço vil”.

Calvino, pai dos presbiterianos, man-
dou queimar o espanhol Miguel Servet 
Grizar, médico descobridor da circula-
ção sanguínea. Acusado de heresia, Servet
 foi preso e julgado em Lyon, na França. 
Conseguiu evadir-se da prisão e quando
 se dirigia para a Itália, através da Suíça, 
foi novamente preso em Genebra, julgado 
e condenado a morrer na fogueira, por 
decisão de um tribunal eclesiástico sob dire-
ção do próprio Calvino. A sentença foi 
cumprida em Champel, nas proximidades de 
 Genebra, no dia 27 de outubro de 1553. 
Puseram-lhe na cabeça uma coroa de juncos
impregnada de enxofre e foi queimado vivo
 em fogo lento com requintes de sadismo e 
crueldade. (5)

O luterano Benedict Carpzov, foi legista bri-
lhante e figura esclarecida, até hoje 
ocupando lugar destacado na história do Direito
Penal. Mas perdia a compostura contra a
bruxaria, que considerava merecedora de
torturas três vezes intensificadas com respe-
ito a outros crimes, e cinco vezes punível 
com pena de morte. Protestante fanático, 
afirmava, quando velho, ter lido a Bíblia 
inteira 53 vezes. Assinou sentença de 
morte contra 20.000 bruxas, apoiando-se prin-
cipalmente na “Lei” do Antigo 
Testamento. Não compreendendo o verda-
deiro significado da Bíblia, considerava o Pen-
tateuco como lei promulgada pelo próprio 
Deus, Supremo Legislador. Carpzov, para conde-
nar a morte, usava (Lv 19,31; 20,6.27; Dt 12,1-5), 
citava de preferência o Êxodo (22,18);“Não
 deixarás viver a feiticeira”. (6)

Outro famoso perseguidor de bruxas na 
Alemanha, foi Nicholas Romy, consider-
ado grande especialista e que escreveu um 
longo tratado sobre bruxaria, teve sobre sua 
consciência a morte de 900 pessoas. (7)

Já Froehligh, reitor da Universidade de 
Innsbruck e catedrático de Direito, que 
chegou a ser chanceler da Alta Áustria, insistia
 em que não só as supostas bruxas fossem 
 condenadas, senão também seus filhos! E 
não se precisava muito para ser considerada
 bruxa, pois o seria qualquer pessoa que 
não tivesse um olhar franco.(8)
Naquele ambiente de superstição, crueldade 
e pânico perante as bruxas, foi possível o apare-
cimento de um Franz Buirmann, pervertido 
magistrado protestante e degenerado inimigo 
da bruxaria. Era um juiz itinerante. Referindo-se 
a ele dizia seu contemporâneo Hermann Loher: 
“Preferiria mil vezes ser julgado por animais 
selvagens, cair numa fossa cheia de leões, de 
lobos e ursos, do que cair em suas mãos”.


Deste impiedoso juiz se afirma que somen-
te em duas incursões que realizou por peque-
ninas aldeias ao redor de Bonn, que perfaziam 
um total de 300 pessoas contando-se crian-
ças e velhos, queimou vivas nada menos 
que 150 pessoas! Consta que ao menos 
em duas oportunidades (da viúva Boffgen e 
do Alcaide de Rheinbach), o juiz se apoderou 
de todos os bens dos condenados à fogueira 
(o Alcaide de Rheinbach era seu inimigo 
político. . .).(9)


Em Bamberga, sob a administração de 
um bispo protestante, queimou-se 600 pessoas.
 Na Genebra protestante, foram queimadas 500 
pessoas por Calvino (10)
Se os protestantes do passado nenhum valor 
davam a essas muitíssimas vidas ceifadas no 
fogo, muito menos valor dão os protestantes 
de hoje, que por ignorância, orgulho ou 
omissão, se escusam de um simples pedido de
 perdão, para não ter que admitir as iniqüi-
dades que falaciosamente atribuem aos outros.
A técnica, é a mesma do gatuno que bate 
uma carteira e grita: “pega ladrão!!!” Basea-
dos no grito do gatuno, as mal informa-
das e ou mal intencionadas editoras de livros 
didáticos, a imprensa e a mídia, fazem o resto
 do trabalho sujo. Tudo contribui para a perd-
ção do que não busca conhecer a verdade.
Dizia Marcus Moreira Lassance Pimenta: 
“Ao ignorante, basta uma mentira bem conta-
da para que a tenha como verdade. E ao 
sábio, não há mentira que o impeça de buscar
 a verdade”.


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