MARIA REVELA-NOS
CRISTO, FONTE DE ALEGRIA
NÃO DEIXA FALTAR O
VINHO NOVO DA GRAÇA DIVINA
Estamos no sexto fia de nossa novena
à Padroeira. Queremos continuar e com mais fervor, porque estamos cuidando do
mais importante da vida: nossa comunhão com Deus e nossa salvação eterna. O
tema de hoje é uma joia, uma bela lembrança do papel de Maria na História da
Salvação, hoje também para cada um de nós, porque Jesus está vivo e é nosso
contemporâneo. A centralidade de nossa fé e do mistério salvífico está em
Cristo.
Maria não é deusa suplente, não substitui Deus, nem é deusa de segunda
classe. Ela é humana, muito humana, mas com uma missão única, que mulher
nenhuma teve: foi escolhida entre todos os seres humanos para colaborar na obra
da Encarnação e Redenção de um modo muito especial: Do seu sim dependeu a
Encarnação, trouxe no seu seio o Filho de Deus, foi a primeira missionária de
Jesus para abençoar João Batista ainda nascituro, foi mãe, educadora, companheira
e colaboradora do Filho de Deus, foi sua discípula atenta na escuta do projeto
divino e formadora zelosa dos primeiros discípulos como nos diz o Evangelho quando
nos relata a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no cenáculo
com Maria.
Nossa Senhora aparece-nos então como
a Mãe da divina graça. Desde os tempos mais remotos dos Apóstolos que as
pessoas em todo o mundo se foram apercebendo que Maria é o caminho mais seguro,
mais fácil e curto para chegar a Jesus. Ela foi escada virginal pela qual nos
desceu o Salvador, ela foi a arca da nova e eterna aliança trazendo no seu seio
a salvação, ela salvou Jesus da morte fugindo com ele para o Egito, Ela
provocou o seu primeiro milagre nas bodas de Caná, ela foi sua vigia atenta
quando foi falar com Ele, acompanhada de familiares, por causa dos boatos que
se começaram a escutar para O matar.
Maria acompanhou Jesus na tragédia do seu
iníquo julgamento, na sua condenação e morte na cruz: ficou aí de pé, sem
desmaiar, forte e generosa, oferecendo seu Filho ao Pai Eterno para a salvação
da humanidade. E depois da Ascensão, foi a Mestra da primeira comunidade
cristã. E não mais foi esquecida pelos seguidores de Jesus. Esta nossa Mãe querida,
a Mãe de Jesus, é a Mãe Eterna que traz luz, força, esperança e a Palavra de
Deus aos seus abençoados filhos na Terra. Penso que estão aqui, nesta
assembleia, muitos cristãos que sentiram já na sua vida esta força do poder
intercessor de Maria. Numa doença, num momento de dificuldade, quando parece
que até já nos faltava ânimo para continuar a viver... recorremos a Maria e Ela
nos alcançou a graça que precisávamos.
E, por esse mundo fora, quantos rezam a
Deus e pedem a intercessão de Maria! Quem, por exemplo, percorre as estradas
portuguesas antes dos dias 13, sobretudo em Maio e Outubro, é impressionante
ver milhares e milhares de peregrinos andarem 100, 200 e mais quilómetros de
pés, rumo ao santuário de Fátima para aí agradecer sua ajuda ou pedir sua
intercessão. Impressionante esse espetáculo! E depois arrastam-se de joelhos
pela esplanada do santuário em atitude de agradecimento fervoroso.
Maria foi e é a Mãe atenta quando
falta o vinho novo da graça divina a seus filhos. Esteve atenta em Caná, em
Jerusalém e continua atenta hoje para interceder por todos nós, seus filhos tão
necessitados. Ter uma mãe no céu é muito belo e gratificante. E como é bonita a
religião que respeita e ama a Mãe de Jesus! (cantamos nós!). Vejamos como ao
longo da história a Virgem Santíssima tem sido a mensageira da paz, a advogada
nossa, a que chama os homens ao amor e sentido cristão da vida, trazendo, nas
suas aparições, os mais diversos recados de Deus. Vejamos alguns exemplos:
1º - EM FÁTIMA.
O mundo estava mergulhado nos horrores de um após guerra sangrento. Deus
escolheu um lugar pobre e esquecido nas montanhas do centro de Portugal para
mandar Sua Mãe aparecer a três crianças e pedir-lhes: rezem o terço, façam
sacrifícios, rezem muito para a guerra acabar e para os homens se converterem.
E na sua Imagem peregrina Nossa Senhora de Fátima continua percorrendo o mundo
(já esteve até aqui em Chapadinha!) a pedir a seus filhos que tenham a dimensão
comunitária da fé, que se interessem pelos que se acomodam no pecado, que se
convertam e que rezem pelo Santo Padre e pelas autoridades para que o mundo não
peque mais.
2º EM LURDES.
No ano de1858, na França, havia muita desordem: desemprego em massa,
proliferação de doenças e a decomposição da moral atingiam toda a gente e
também a pequena cidade de Lurdes nos Pirinéus. A Virgem apareceu aí a uma
menina chamada Bernardete 17 vezes e pediu-lhe para que rezasse muito pelos
pobres pecadores e aceitasse a humilhação pelos rebeldes que queriam permanecer
no pecado. Bernardete sacrificou-se até na gruta remexendo-se na lama e logo
jorrou ali uma nascente que ainda hoje corre e em cuja água se têm realizado
muitos milagres. O Santo Padre tinha definido o dogma da Imaculada Conceição.
Pois Nossa Senhora veio confirmar, comunicando: “Eu sou a Imaculada Conceição!”
3º EM LA SALETTE-Em 1846, também nos Alpes franceses
a Virgem apareceu a um menino (Maximino) e uma menina (Melanie).para lhes pedir
penitência e oração. E comunicou a cada um dos videntes alguns segredos que
depois de muito esforço eles o comunicaram ao Santo Padre. O Superior da Congregação
dos padres de La Salette que tinha surgido para anunciar a mensagem destas
aparições, um dia perguntou ao Papa, numa audiência privada, quais os segredos
de La Salette e o Papa respondeu: “se não vos convertes, perecereis!” E, na
verdade, a mensagem de Nossa Senhora é de absoluta urgência da conversão. A
Virgem terá dito às crianças que se os religiosos não pregarem a penitência
homens malvados tentarão abolir e fazer desaparecer todos os princípios
religiosos, abrindo caminho para o materialismo, ateísmo e todas as formas de
vício. Por isso, ainda hoje se gera certo medo e terror a quem lê esta mensagem
de Nossa Senhora.
4} E se agora passarmos a falar de Aparecida e Guadalupe na América Latina
vemos como a Mãe procura com muita simplicidade chamar os homens com ternura ao
amor de Seu filho. Em Aparecida
livrou aqueles pobres pescadores de sofrimentos e apareceu-lhes no gesto
simples e pobre de uma pequena imagem negra. Em Guadalupe pediu para que se fizesse aí um templo para as pessoas rezarem
e ajudou o pequeno índio Juan Diego a mostrar que era verdade seu pedido
gravando sua imagem num manto.
Vemos em todos estes exemplos que
Maria continua a ser a mãe cuidadosa, terna e atenta aos sofrimentos de seus
filhos e a pedir-lhes que se convertam, que rezem, que façam penitência para
fortalecer a vontade e servir o Seu Filho. E pede para que se faça tudo para
converter as pessoas que se afastam de Deus.
Eis a mensagem da Mãe missionária que
nos quer todos missionários. Estejamos, pois atentos a estes pedidos. É a Mãe
do Divino Conselho, a Mãe admirável que se está ainda hoje dirigindo a cada um
de nós. Não podemos adiar nossa conversão. Não podemos brincar com nossa fé
vivendo no desinteresse. Em Medjugorje, onde ainda hoje, está aparecendo em
nosso tempo, a vários cristãos, Ela chega mesmo a pedir que se façam grupos de
oração para fortalecer a fé e ajudar pessoas a converter-se. Será que alguém
dos presentes vai esquecer estes pedidos da Mãe?
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