segunda-feira, 29 de setembro de 2014

candidatos sem representatividade procurando o poder sem pudor



Muita coisa, muita coisa... infernal barulho, imensa confusão, incômodo geral, gastos incalculáveis, enfadonho e doentio ambiente, mas... não conseguem atrair a atenção do povo. Pensam que política é tudo, é o mais importante, mas religião reúne mais com mais facilidade. 

A festa da Padroeira de Chapadinha continua na memória de todos. Não houve barulho, não foi preciso convite para reunir e... a adesão foi quase total. Mas, depois de tudo que se passou, surge espontânea uma pergunta: vocês viram algum candidato interessar-se pela participação no festejo, celebrar e desenvolver sua dimensão religiosa que cria valores para a vida?

Eu sou franco: não vi! Estavam todos, certamente, muito ocupados, motivados pela campanha, reunindo adeptos, espalhando simpatia... E, política sem fé, é como carro sem volante, como bicicleta sem rodas. Nota-se que há muitos candidatos (e não são bestas!) que mais lhes interessa é arranjar votos e que lhes seja garantido um bom salário e poder aumentá-lo quando quiserem. Para isso é que estão trabalhando tanto. 

Esta campanha é, sem dúvida, a mais imoral, incômoda e enfadonha de todas que chegaram até nós. Nota-se uma multidão de candidatos distantes do povo, caídos em paraquedas, sem conhecer a realidade do Município, carregados de dinheiro para comprar votos e apoio de algum líder local, nem que seja ficha suja.

Apresentam-se melados, bem melados com processos criminosos e de alienação, mas com a cara limpa como se fossem anjos. Bem distantes e com interesses muito diferenciados dos verdadeiros interesses da população. 

Muita zoada, enormes gastos para que lhes seja concedido um poder, quanto possível, sem pudor. Nota-se que o povo está chateado com tanta confusão e desejoso que tudo isto acabe depressa. E sem saber em quem confiar seu voto. Nosso povo tem fé. Sente necessidade de Deus e, nem que seja poucas vezes, reúne-se para celebrar seu sentido religioso. 

Mas essa minoria vive dependurada de ilusões, sem interesse pelos valores cristãos, empurrada por enxurradas de dinheiro, sem fé e sem respeito por quem a tem. Nunca, como este ano, os carros de som passaram na Matriz perturbando tanto a todas as horas, mesmo durante as celebrações. E, se agora não respeitam, quando o vão fazer?

Aparentemente, pouco ou nada lhes interessa o bem das pessoas e o respeito pelo sobrenatural. E é essa minoria que quer subir ao poder para representar nosso povo. Como? Seus interesses estão distantes dos do povo e seus valores também são diferentes. 

Andam procurando votos para continuar a fazer o que lhes apetece. Representação? - Se conseguirem votos, tê-la-ão. Mas, representatividade, capacidade de assumir o bem comum ? - Nunca a conseguirão do jeito que vivem. 

É uma campanha eleitoral enfadonha e para esquecer, mas não para passar desapercebida ! Nojenta demais, muito materialista, interesseira, totalmente laicista, secular em excesso, com uma religião de substituição, apoiada e centralizada nos ídolos do dinheiro e do poder sem pudor

ESTÔMAGO VAZIO NÃO TEM OUVIDOS
Vivemos numa sociedade onde predomina o sistema capitalista liberal. No capitalismo, o capital tem mais valor que a pessoa. No liberalismo cada um pode atuar conforme suas possibilidades: quem tem muitos bens, aumenta-os, quem tem poucos  tende a piorar. O exagero para o bem-estar de alguns pode reduzir à miséria a maior parte. Se não houver uma regulação ético-social, o capitalismo vira um sistema iníquo. Na verdade, temos que ter consciência que nem todas as pessoas sabem controlar seu instinto de possuir cada vez mais. O ser humano é insaciável e chamado a viver bem, mas está constantemente inclinado para o mal. A ganância, como inclinação natural, se não tiver um contrapeso, bestializa a pessoa e impossibilita as boas relações na sociedade e aí a razão pela qual, tantas vezes, se vive num clima de insegurança e injustiça: uns maximizam o lucro, tornam-se fanáticos, impõem uma ditadura no poder e o totalitarismo; outros permitem a exploração, não conseguem sair de sua miséria, habituam-se à indigência e, não percebendo as raízes desta situação, não afastam o perigo de suas alienações. Uns, tendo demais, perdem a sensibilidade ao transcendente, à fraternidade e assumem o caminho da diversão maníaca, da frivolidade de vida com a fuga para o hedonismo, para o sexo barato, para o turismo e para o consumo compulsório; é a fascinação da banalidade, o domínio do egoísmo, o desprezo de Deus e dos outros. Do outro lado, os que não conseguem ultrapassar a indigência, sobrevivem, tentando satisfazer, apenas, as suas necessidades mais primárias. E fazem-no, oprimidos pela miséria, submersos na esfera da necessidade e na luta pela vida, perdendo o sentido da sua liberdade e da sua dignidade humana. E, perdido o sentido de vida, é fácil tomar qualquer sentido, mesmo o da perdição, porque a pessoa se sente desvalorizada, humilhada e desesperada. Então é tentada a recorrer ao álcool, à prostituição, ao narcotráfico e a muitas outras formas de marginalidade. O trabalho valoriza, integra na sociedade. Sem ele, a pessoa sente-se desintegrada da sociedade e até desintegrada existencialmente. O capitalismo não tem a vocação de produzir o bem, mas sim de buscar bens. Não pretende ensinar ética, apenas dar bens económicos. Estes podem não dar sentido à vida, mas criam uma base natural, o meio normal para se ter uma vida com sentido. Se o ser humano se deixa submergir no mundo das necessidades primárias perde a liberdade e a dignidade humana. E, nessa situação desesperante, tenta todos os meios para viver, mesmo os criminosos. Daí não nos podermos admirar de o pobre gostar de quem o engana, mas lhe dá uma ajuda ocasional. Um estômago vazio não tem ouvidos para escutar conselhos. Primeiro o material, depois o espiritual. Primeiro a natureza, depois a graça. Sem dignidade e apreço ao seu existir, sem valores humanos e nobres... o pobre abandalha-se, perde-se, vende-se por qualquer preço. E fica teimoso nesse mundo de alienação. Quem sente fome cria uma autêntica paixão por quem lhe dá um pedaço de pão. Quem se sente marginalizado prende-se a quem lhe dá uma mão para sair da miséria. Há tanto disso por aí!

HÁ DIFERENTES MANEIRAS DE VIVER
É PRECISO SABER ESCOLHER

Vivemos numa sociedade onde impera o efêmero, onde o provisório atrai mais que o consistente, onde os interesses têm mais influência que as convicções, onde o artificial é mais forte que o verdadeiro. E pior: esta sociedade é mãe e filha de cada um de nós. É ela que gera e influencia muito nossa identidade e nós somos os criadores que motivamos sua existência. Por isso, precisamos refletir e sermos cuidadosos. Não basta saber condenar; é preciso tomar compromissos e saber melhorar.
Não basta trazer a Bíblia na mão ou debaixo do braço; é preciso aceitar, no nosso viver, as exigências da Palavra de Deus e carregar os sofrimentos do povo. Não basta falar palavras santas e dar conselhos espirituais; é preciso encher nossas relações e os nossos ambientes da autenticidade da Vontade de Deus. Não basta pensarmos que somos donos da verdade; importa que deixemos que a Verdade nos liberte. Não basta dizer sim a Deus; é preciso que Deus confirme em nossas vidas o “sim” que tantas vezes lhe dizemos. Não basta inventar desculpas para nossas fraquezas; é preciso assumi-las e trabalhá-las para transformar nossas vidas. Não basta que nos indignemos contra a corrupção dos políticos; temos que nos convencer que nós é que somos os culpados de tanta arbitrariedade, que nos calamos, batemos palmas e até nos aproveitamos dessas ações corruptas. Não basta querer que a sociedade mude se nós não queremos mudar.
Não nos podemos iludir, nem pretender enganar os outros. Somos mentirosos quando falamos e não agimos, quando atiramos as culpas para o ar e não aceitamos que elas nos caiam em casa. É pobre e bem pobre o rico que se enche de bens e abandona Deus, pensando que nisso está a felicidade. Não é pobre honesto quem vive roubando o que é dos outros e não trabalha sua dignidade humana. Quem vive dependurado e pulando de galho em galho é macaco. É certo: temos uma natureza decaída e há cicatrizes não curadas de nossas quedas, mas precisamos de coragem e humildade para dar a volta e regressar à casa do Pai. Deus tem um projeto amoroso para cada um: Ele quer levar ao arrependimento o pecador e trazer de volta o justo que pecou. 

NOTICIÁRIO PAROQUIAL:

1- Com muita simplicidade, mas carregada de profundo sentido cristão, decorreu na passada quinta feira, na igreja de Cristo Redentor do Areal, o envio da Irmã Tássia, Missionária da Boa Nova, que partiu para Moçambique onde já está também a nossa paroquiana Irmã Márcia. Igreja cheia, agradecimentos à sua preciosa ação na comunidade e certa tristeza por podermos enviar só uma missionária perante tantas necessidades de evangelização naquele país de África. Mas aí fica o exemplo de disponibilidade e compromisso cristão da Tássia que deve influenciar outros jovens a desprenderem-se e a serem missionários fora da sua terra.

2 -Neste domingo está-se realizando um encontro de formação dirigentes comunitários do movimento de Acólitos na casa da Pastoral da Criança. Desejamos o bom êxito e muito entusiasmo como fruto desse encontro.

3-Em Dezembro, dias 8 e 9, vai-se realizar o Congresso diocesano da Renovação Carismática no CAIQUE. Contamos com a presença de centenas de participantes.

4 -Já se fizeram os primeiros contatos com empresários para o começo da construção do nosso rincão na Aparecida. O muro que lá está caído já vai ser substituído pelas colunas das traseiras do empreendimento. Para já sabemos que, para começar, serão precisos 350 sacos de cimento e ferro para levantar 32 colunas que só em cada sapata do alicerce vai levar ferro com fartura e 9 sacos de cimento. Em cada cova do alicerce de cada coluna! Venha coragem e espante-se o medo!

5- A construção da capela de S. Expedito está nos retoques finais. No dia o4 de Outubro, há noite, será celebrada a última missa no local que nos foi emprestado e que tem servido para reunir e celebrar. E a inauguração será no dia 19 de Outubro, domingo, pelas 16.00H.

6- Estão correndo bem as novenas de S. Francisco e de S. Teresinha. Muita participação e entusiasmo.

7- A capela de S.Teresinha precisa ser aumentada, porque muita gente tem que ficar fora e há espaço para o fazer.





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