sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

PARÓQUIA DE CHAPADINHA- 13/01/2012 - PINCELADAS E HISTÔRICO DA TELENOVELA

Dentro do universo dramatúrgico da televisão, Lauro César Muniz era o autor mais ligado à história brasileira. Há uma grande carência de infrmação por parte do público que assiste televisão. Naquela época havia ainda mais com os censores. Alguns dramatúrgicos sentiam uma grande necessidade de comunicar parte da história do Brasil que estava sendo negada ao público. Se os censores vetavam o nome de Juscelino Kubitscek imagine o que não faziam nas escolas. Em sequência, voltando a folha para o evoluir da telenovela, autores e críticos se sentem preocupados com os novos rumos atuais. E colocam o momento da virada no momento da queda do Muro de Berlim em 1989. A sociedade caíu na ilusão de que não havia mais conflitos entre os países. E com a abertura política no Brasil os autores que ainda faziam dramaturgia política começaram a ser mal vistos.. Estava em voga a "crónica da felicidade".. A telenovela tornou-se pouco crítica dos costumes sociais. Nem passado nem futuro, começou a preocupação apenas com o presente.
O clima atual contamina as novelas, o teatro e a música. Na década de 1970 havia um movimento político muito forte na música tal como o Tropicalismo, mas hoje tudo se dissolveu. O mundo se organizou de uma maneira completamente mercadológica, não existem mais ideologias. Atualmente a audiência dita tudo, com isso a qualidade das novelas decaíu muito. Um tal modelo de cinema "blockbuster"influenciou as novelas. Priorizou a ação frenética e não a reflexão. Tempos atrás as novelas não passavam de 20 ou 30 capítulos. Hoje têm mais de 200. Porquê? Diminuindo, o autor poderia reassumir o seu papel de escritor podendo recuperar o seu estilo e botar mais reflexão, e teria efeito menos industrial, o que a eles não convém, e atrofiam assim o papel do escritor em proveito dos comerciais e ds multinacionais.


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